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“Linha M”, o novo livro da Patti Smith


Março terminou com um grande - e muito esperado por mim - lançamento literário, chegou ao Brasil o “Linha M”, novo livro da maravilhosa Patti Smith. Porque não basta ser a rainha do punk, uma das artistas mais expressivas da sua geração e ícone feminino, ela ainda é uma ótima escritora. Seu livro anterior, “Só Garotos” lhe rendeu o National Book Award.

Em “Linha M”, Patti Smith volta a abrir seu baú de memórias e amores, dessa vez literários, que trilham o caminho até seus escritores e artistas amados.

O livro trata de viagens, e todas elas provocadas por sonhos e intuições. Permitindo-a visitar o jardim de Schiller e até jantar com Frida Kahlo, e dormir na sua cama. Ainda acontecem encontros com Goethe, Murakami e muitos outros. Um paraíso aos amantes da boa literatura.

Em um misto de fantasia e sentimentos, muitas vezes melancólicos, “Linha M” promete ser mais uma obra prima da autora.

Eu ainda não tive a oportunidade de ler essa maravilha, mas aproveito para falar um pouco de um dos meus livros preferidos, de uma das mais bonitas historias de amor já contadas, o “Só Garotos”, também de Patti Smith.

Nele ela conta suas lembranças desde a infância até o sucesso, retratando todas suas dificuldades e delícias e sua história de amor com Robert Mapplethorpe.

Nova York vivia em ebulição, as ruas, bares, casas de show, tudo emanava ares de libertação sexual e artística. Jovens artistas viam nela o cenário perfeito para mostrarem sua arte e expressões. Em “Só Garotos” esse paraíso artístico e psicodélico é contado do ponto de vista de Patti Smith.

Sua criação, pobre, em New Jersey, seu trabalho como operaria e a gravidez aos 19 anos são algumas das passagens retratadas nesse livro, porém, mais do que a história de vida da artista, o que realmente pega no coração do leitor é a história de amor entre Patti e Robert.

Patti conhece Robert e a partir do primeiro momento se tornam inseparáveis, revelando uma relação de amor incondicional, com muito carinho, respeito e principalmente companheirismo. Morando em hotéis embolorados e por muitas vezes sem dinheiro até pra comer decidiram que poderia faltar tudo, menos material de desenho, para que nunca passassem fome de arte, esta insuportável para ambos.

Robert se dedica ao desenho e a fotografia, e Patti segue como sua fiel escudeira por anos, em uma relação a princípio amorosa, mas que se desfaz diante do gosto de sombrio e a homossexualidade de Mapplethorpe. A relação acaba, mas o amor, o respeito e o companheirismo jamais.

E é com uma escrita leve e relatando essa relação pura e sincera de amor que “Só Garotos” arrebata qualquer coração.

Because the night belongs to lovers.

Vida longa a Patti Smith e as suas aventuras literárias.

Carolina Balza: Estudante de Produção Cultural, 24.

Se desconcentra no silêncio.

Ainda acredita na humanidade, mas prefere gatos e livros.

Vai de Alcione a Björk em um minuto.

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