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Já que é pra tombar...

Elas tombaram!

No último final de semana, 12 e 13 de março, aconteceu no Autódromo de Interlagos a quinta edição do Lollapalooza no Brasil. O festival reúne anualmente grandes nomes da música mundial, dos mais alternativos aos mais conhecidos. É sempre muito aguardado e costuma superar as expectativas.

Eu fui ao festival no domingo, dia, 13, e se você esteve muito ocupado vendo os memes maravilhosos da “manifestação”, eu conto o que teve de melhor, e já aviso, a mulherada dominou. O domingo foi de três nomes: Karol Conká, Brittany Howard (Alabama Shakes) e Florence Welch (Florence + The Machine).

Para começar, como não falar de Karol Conká? A curitibana, atualmente um dos principais nomes femininos no rap nacional fez o Palco Trident lotar logo cedo. Eram 13h30, e uma multidão já esperava por ela.

Dona do hit “Tombei”, emendou um no outro, com “Gandaia”, “lista VIP” e “Boa Noite”.

A apresentação contou com momentos ótimos. O maior, quando Karol chamou a MC Carol (de Niterói) para o palco, para acompanha-la em “Toca na Pista”. A multidão foi à loucura! Mc Carol, empoderada, negra, feminista, bem resolvida e maravilhosa abriu os caminhos para Karol Conká dizer que o feminismo é o que vai levar o país para frente e que para quem não quer acreditar, é melhor aceitar que dói menos. VRÁ!

Karol ainda falou sobre empoderamento feminino e a participação da mulher no rap nacional, além de criticar a padronização da mídia.

Karol Conká e Mc Carol tombando tudo.

Uma das atrações mais esperadas por todos, e muitíssimo por mim, o Alabama Shakes fez um daqueles shows em que, por mais hits que possa ter, não dá para cantar junto, você quer assistir, admirar. Brittany Howard e sua guitarra hipnotizaram o público.

Dona de uma voz ímpar, que passeia com muita facilidade entre o agressivo e delicado, Brittany faz o mesmo com sua guitarra e trouxe no setlist hits como “Hold On”, “Hang Loose” e o mais recente “Don’t Wanna Fight” e baladinhas como “Be Mine” e a emocionante “You Ain’t Alone”.

A frente do Alabama Shakes, Brittany carrega a responsabilidade de liderar uma das melhores bandas de rock da atualidade (eles levaram 4 prêmios no ultimo Grammy) e faz isso com maestria.

Sobre como e onde começou seu interesse pela música e a guitarra, ela contou ao NY Times que foi por influência de uma professora do ensino médio, guitarrista, que a fez pensar “Se ela pode fazer eu também posso”.

E como pode! Foi lindo...

Florence + The Machine

Florence Welch.

Essa mulher não é desse mundo e eu já aproveito para me desculpar se o texto a seguir ficar piegas e “fã demais”, se eu usar adjetivos demais. Eu era, sou fã, sempre gostei do som, das letras, da energia, mas depois de domingo não sei mais como agir. Só quero falar de Florence, pensar em Florence, ouvir Florence, viver Florence. Não está fácil.

Florence Welch é um acontecimento. Seu visual hipnotiza, parece uma fada, uma criatura de algum lugar muito distante que vem em missão de paz, e foi isso, o show foi uma missão de paz, amor e “good vibes”.

Hits, só hits, dos três álbuns. Teve “Shake it Out”, “Sweet Nothing”, “Ship to Wreck”, “Delilah”, “No Light, No Light”, “Dog Days are Over”, “You’ve Got the Love”, só as maravilhosas!

E ela foi para a galera, por duas vezes, desceu do palco, correu entre o pessoal da grade, dispensou os seguranças, cantou com o público, quase matou fãs do coração. RAINHA DO MUNDO TODO.

Antes de cantar a música que leva o nome do último álbum, “How Big How Blue How Beautiful” ela disse

“Na última vez que eu vim ao Brasil, essa música ainda não existia mas ela estava surgindo naquele momento. Era tudo muito grande, muito azul e muito lindo […] Vocês foram meu azul e agora quero ser um grande céu azul a vocês”.

Como não amar?

Carolina Balza: Estudante de Produção Cultural, 23.

Se desconcentra no silêncio.

Ainda acredita na humanidade, mas prefere gatos e livros.

Vai de Alcione a Björk em um minuto.

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