top of page

A luta de preservar o amor próprio sendo mulher

Por: Beatriz Branco e Juliana Aguilera – Minha Beleza é Minha

Conversamos com quase 50 mulheres sobre suas vidas, os preconceitos vividos e ainda enfrentados, e seu amor próprio. A multimídia, que começou como um projeto de conclusão de curso de jornalismo em 2015, debateu em cinco vertentes a mulher de hoje em dia: cabelo, cor de pele, peso, vestuário e sociedade.

Como desmistificamos o Ser Mulher sem atrelar os aspectos da aparência e comportamentais que são leis silenciosamente exigidas e divulgadas pela mídia e sociedade? No site, você confere entrevistas em vídeo, áudio, escritas, depoimentos e sessões de fotos que conversam entre si e discutem essas questões.

Mas gostaríamos, aqui, de falar sobre a mulher na sociedade.

Nosso quinto tema, que foi debatido no webdocumentário com 7 mulheres, possui questionamentos como “você sente pressão de ser feminina?”, “se sim, alguém já te perturbou com isso?”, “você gosta de usar adereços femininos como salto, acessórios e maquiagem?” e “você acha que encontramos essa representatividade de mulher não feminina na mídia?”.

Quando falamos no peso de ser mulher atualmente, podemos relacionar com notícias diárias como mulheres não podendo amamentar em público pois se “expõem demais”, mulheres feministas que são contestadas por quererem seus direitos, mulheres que ainda ganham menos do que homens, mulheres que tem que defender o “não” e são questionadas sobre “friend zone”. Tudo isso discutimos diariamente no Facebook da Minha Beleza é Minha, mas quando fomos estudar as causas sociais pra isso, lemos e entrevistamos a Dra. em psicologia clínica pela PUC-RIO, Joana Novaes.

A mulher brasileira ainda sofre muito com tais leis comportamentais ainda atrasadas na nossa sociedade. Um bom exemplo é que ainda se é muito questionado sobre a mulher que deseja construir uma carreira – a boa e velha caricatura da “megera”, “fria” e “sem sentimentos” ainda ronda o imaginário social como causa para abdicar família e se concentrar na vida profissional. Joana nos fez um paralelo interessante com a mulher europeia:

“As representações sociais da figura feminina ainda são muito marcadamente... Eu não sei se preconceituosas, mas ainda há uma dificuldade de integração, o que só dificulta no sentido de sofrimento psíquico dessa mulher. Ela precise dar conta, precise contribuir pra receita, ela sai de casa, ainda precisa estar casada para não sofrer o olhar preconceituoso, ainda precisa ser escolhida. Se ela optar pela não maternidade, ela ainda vai precisar se justificar bastante, ou seja, a modernidade ainda não chegou a tal ponto na subjetividade contemporânea, pelo menos a brasileira.”

Outro importante ponto que levantamos foi a mulher segura de si e independente, que não necessita do homem para realizar tarefas ou ser realizada em sua vida, uma representação pouco presente na mídia. O cavalheirismo ainda é muito utilizado para criar uma mulher frágil ou digna de cuidados, além de transformar ações que deveriam ser comuns em especiais.

Quem nos reforçou esse questionamento foi a estudante de rádio e tv da Casper Líbero, Viviane Alverez: “mas eu acho que se o cara está me respeitando, ele não está fazendo mais do que a obrigação dele, não vou dar biscoito pra ele”. Ainda que a questão do ser cavalheiro gere uma discussão mais a fundo, é comum vermos questionado ações como: “é realmente necessário que o homem pague minha conta num restaurante?”, ou “ele precisa abrir a porta do carro para mim?”.

A mulher moderna, por assim dizer aquela que busca sua autonomia, deseja ter o reconhecimento da sua capacidade como adulta, tal qual o homem tem. A liberdade que a fase adulta traz também caminha junto da independência financeira. É ou não é extremamente satisfatório saber que, a 100 anos atrás o dinheiro da mulher trabalhadora ficava com o marido, “dono” da casa, e hoje em dia temos o merecido espaço para gastá-lo como melhor desejamos?

As conquistas, ainda infelizmente lentas, da mulher devem ser usadas e abusadas para o seu bem estar psíquico, ainda que a sociedade não acompanhe essa modernização.

A necessidade de ser bonita com “pouca maquiagem”, ter restrições de espaço sociais – como a presença quase unânime do homem em certas profissões ou hobbies – ainda foi discutida na Minha Beleza é Minha.

E agora queremos progredir com esse estudo. Queremos escutar mais histórias, ajudar mulheres a quebrarem estigmas sociais ultrapassados e a se libertarem de amarras sociais. Queremos trazer o amor próprio para todas as mulheres do Brasil. É sonhar alto? É sim, é sonhar muito alto. E que bom, não é mesmo?

Você pode dividir sua história com a gente! Estamos sempre dispostas a exaltar mulheres fortes e com lindas histórias de vida. Fale conosco pelo Facebook, site ou e-mail!

minhabelezaeminha@gmail.com

Teaser do documentário Minha Beleza é minha

Comments


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page